Boa parte traz a profissão no DNA, como Ernande José Bilibio, 46 anos, e Claiton Busanello, 42, ambos filhos de feirantes. E outras gerações, como a de Ivan Busanello, 21, darão continuidade à atividade que remonta ao século 13, mas só foi regulamentada a partir da década de 1930 em diferentes pontos de Santa Maria (veja lista das feiras abaixo).
Em vídeo, produtores rurais contam os segredos para uma boa venda
Para homenagear o Dia do Feirante, comemorado na terça-feira, o Diáriopercorreu três feiras nos últimos dias. Nelas, foi possível verificar que há dois tipos de feirantes: o comerciante, que revende produtos vindos de fora ou produzidos pela família, e o agricultor, que produz e revende seus produtos direto na feira. A oferta inclui desde frutas, legumes, produtos coloniais, peixe fresco e até mudas de flores. Os preços variam muito e se equivalem aos cobrados nos mercados ou são mais caros. Porém, quem chega no final da manhã, pode encontrar alguma pechinha.
Venho na feira porque gosto mais e os produtos são sempres fresquinhos. Valorizo os produtos e o trabalho deles afirma a dona de casa Odete Daros.
A maioria da clientela da feira, como na Rua Professor Teixeira, é formada por pessoas de meia idade ou idosos. Os feirantes confirmam que os jovens, principalmente as mães mais novas, compram, mas em menor quantidade e variedade.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, a produção de hortigranjeiros envolve em torno de 100 agricultores. Porém, é insuficiente para a demanda de consumo na cidade. Para atrair mais produtores para o setor, um estudo de microclima, que começou a ser feito no ano passado pela Embrapa, vai mostrar quais culturas se adaptam em cada região da cidade. Os dados serão apresentados até o fim do ano.
Além disso, vamos ter mais espaço para a comercialização. Temos R$ 800 mil para construir um terminal de comercialização garante o secretário.
"